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Paulo Sant'Ana: "Grêmio e OAS chegam a acordo e a Arena agora é nossa"

Dívida relativa aos sócios foi parcelada e clube terá participação nos lucros dos empreendimentos da OAS na Azenha

Paulo Sant'Ana: "Grêmio e OAS chegam a acordo e a Arena agora é nossa" Omar Freitas/Agencia RBS

 

Apesar da desclassificação do Grêmio na Libertadores, o ano de 2013 promete ainda grandes alegrias para a torcida tricolor.

 

É que acaba de ser concluído entre Grêmio e OAS o pacto de readequação do contrato original sobre a Arena e Olímpico, trazendo em seu bojo grandes vantagens para os dois lados.

 

O pacto foi conduzido magistralmente pela face gremista de Fábio Koff.

 

Entre tantas brilhantes ideias que vão povoar o pacto, que será assinado por esses dias, imaginem, quase não dá para acreditar, o Grêmio terá participação nos lucros imobiliários do empreendimento que será erguido no local hoje ainda ocupado pelo Olímpico.

 

Afora isso, a obrigação que o Grêmio tinha de saldar com a OAS a dívida relativa à adaptação dos direitos dos sócios gremistas à Arena, que era prevista para curto prazo, foi parcelada e o Grêmio terá condições de saldá-la quase que inteira somente com o atingimento da meta de 100 mil sócios, quando hoje há somente 30 mil sócios pagantes.

 

Pelo novo e estupendo pacto, fruto da sensibilidade de Koff e dos dirigentes da OAS, cai por terra a afirmação de que a "Arena não é nossa" e Koff poderá agora bater no peito e proclamar: "A Arena finalmente é nossa".

 

Vejam só, repito porque é importante: pelo contrato original, o Grêmio só tinha direito de rendimentos no complexo imobiliário e comercial em torno da Arena, no entanto agora o Grêmio terá rendimentos também no complexo imobiliário e comercial no terreno relativo ao Olímpico a ser erguido na Azenha. Um achado, um milagre da nova negociação!

 

Com essa novidade, recai sobre o futebol do Grêmio, seja ele comandado na beira do gramado por Luxemburgo ou qualquer outro treinador, a responsabilidade de fazer o Grêmio não só retornar aos tempos áureos das grandes vitórias e conquistas como também a de arremessar o clube para um porvir de glórias, como uma pirâmide em demanda do infinito.

 

Como todos os gremistas, fiquei arrasado com o resultado obtido na Colômbia. Mas a notícia dessa repactuação injetou-me um sopro no coração e passo a alimentar notáveis esperanças nunca antes cogitadas.

 

Por essas coisas é que foi resolvido que o Grêmio se cognominaria de "imortal". Imortal, no caso quer dizer que das cinzas do Olímpico e fraldas do contrato original com a OAS ressurge agora um Grêmio prometedor e profundamente alentado.

 

Fatalmente, não há outro caminho a ser trilhado pelo Grêmio, por esse horizonte aberto pela repactuação, que não seja o do esplendor gremista em futuro próximo, senão quase atual.

 


Sem Ronaldinho e com Damião e Fernando, Felipão convoca a Seleção para a Copa das Confederações

Seleção se apresenta no dia 27 de maio e realiza dois amistosos antes da estreia na competição, no dia 15 de junho, diante do Japão

 

Sem Ronaldinho e com Damião e Fernando, Felipão convoca a Seleção para a Copa das Confederações Maurício Val/VIPCOMM/


Ronaldinho está fora da Copa das Confederações. Fernando e Leandro Damião estão dentro. Esses são os jogadores que a dupla Gre-Nal terá no torneio. Os dois foram convocados, nesta terça-feira, por Felipão para a competição que ocorre entre os dias 15 e 30 de junho, no Brasil. 

A grande surpresa foi a presença de Bernard, do Atlético-MG, que roubou a vaga do seu companheiro de clube. Kaká e Ramires também ficaram de fora.

A apresentação dos jogadores ocorre no dia 27 de maio, no Rio de Janeiro, onde os atletas ficarão até 2 de junho, data do amistoso com a Inglaterra, no Maracanã. Após a partida, a Seleção vai para Goiânia se preparar para a competição. 

Serão 18 dias de treinamentos que só serão interrompidos no dia 9, quando o Brasil vem a Porto Alegre realizar o último amistoso antes da sua estreia na competição. O adversário será a França, na Arena do Grêmio.

O primeiro jogo do Brasil no grupo 1 da Copa das Confederações está marcada para o dia 15 de junho, diante do Japão, no Estádio Mané Garrincha, em Brasília. Quatro dias depois, o adversário será o México, em Fortaleza, no Castelão. Por fim, o último compromisso pela fase de classificação será com a Itália, em Salvador, dia 22, na Fonte Nova.

— Acredito que essa é a convocação mais importante desde que chegamos — alertou o presidente da CBF, José Maria Marin, antes da divulgação dos nomes. — Estamos voltados totalmente para a preparação da Seleção Brasileira de futebol. É tempo de Seleção, não de eleição. Peço humildemente que todo nosso trabalho fosse voltado exclusivamente para a Seleção. Esse é o apelo que eu faço a todos — completou.

Confira a lista de Felipão:

Goleiros:
Diego Cavalieri (Fluminense)

Jefferson (Botafogo)
Julio Cesar (QPR)

Laterais:
Daniel Alves (Barcelona)

Jean (Fluminense)
Marcelo (Real Madrid)
Fillipe Luís (Atlético de Madrid)

Zagueiros:
Dante (Bayern de Munique)

David Luiz (Chelsea)
Thiago Silva (PSG)
Rever (Atlético-MG)

Volantes:
Hernanes (Lazio)

Paulinho (Corinthians)
Fernando (Grêmio)
Luiz Gustavo (Bayern de Munique)

Meias:
Oscar (Chelsea)

Lucas (PSG)
Jadson (São Paulo)
Hulk (Zenit)
Bernard (Atlético-MG)

Atacantes:
Neymar (Santos)

Fred (Fluminense)
Leandro Damião (Inter)

Felipão evita comentar ausência de Ronaldinho da Seleção: "A vida é feita de opções"

Técnico diz que escolhas feitas para a Copa das Confederações seguem critérios de observação e de convivência dentro da Seleção

Felipão evita comentar ausência de Ronaldinho da Seleção:

— Não falo sobre quem não está aqui — avisou Felipão, apontando para a lista de convocados, que não consta o nome de Ronaldinho.

A ausência do jogador e, ao mesmo tempo, a presença de Bernard pegou à todos de surpresa. Felipão, na sua entrevista coletiva, apesar de não responder diretamente sobre o meia, tocou no assunto.

Segundo o treinador, os critérios para deixar de fora o jogador foram baseados apenas em observação, sobre ganhos e perdas. E sabe da responsabilidade da sua escolha, mas evita comparar com a não convocação de Romário para a Copa do Mundo de 2002;

 

— Se não der certo, é normal o que vai acontecer. Se eu convocar e não der certo, mesmo que eu leve aquele que o jornal deseja, sei que o pau vai comer. O que adianta agradar A, B ou C? — questionou. — Eu faço minhas opções, já disse que a vida é feita de opções, analiso o que posso ganhar e perder e analiso minhas escolhas — completou.

 

— Nós convocamos com o que é vivido aqui na Seleção. Alguns jogadores podem estar com problemas, e temos que saber dos clubes quanto tempo teremos. Sempre conversamos. Mas a observação maior quanto a comportamento, é o que aconteceu na Seleção, nos cinco amistosos — disse.

 

Sobre Bernard, o jogador, segundo Felipão, já havia sido convocado outras duas vezes pela Seleção. No entanto, lesões impediram do meia ser integrado à delegação.

 

— Vislumbro um jogador jovem e com muita qualidade que, recebendo essa oportunidade, vai se superar para continuar na Seleção. E também dar a oportunidade de conviver em uma Copa das Confederações — disse. — O Bernard já deveria ter recebido oportunidade anteriormente. Como não foi possível, e agora é, optamos por convocar. Seria a surpresa, mas ele já havia sido previamente convocado em duasoportunidades — completou.

 


Zaga do Santa Fé trai números, vaza e anima Grêmio: 'Dá para aproveitar'

Melhor defesa da Libertadores levou três gols no último jogo do Colombiano, e clube gaúcho a vê como ponto fraco do rival de quinta

Entre os 16 times das oitavas de final, nenhum tem defesa melhor do que a do Santa Fé na Libertadores. São seis gols sofridos em sete partidas ficando à frente do Grêmio, rival de quinta-feira, e de equipes mais badaladas como Atlético-MG, Corinthians e Boca Juniors. Porém, as dificuldades apresentadas por este setor no último desafio pelo Colombiano aumentam a confiança do Tricolor em avançar na competição.

A formação de Valdez e Meza é vista como o ponto fraco dos colombianos. Desde antes do confronto em Porto Alegre, vencido por 2 a 1, a comissão técnica tricolor tinha esta opinião. Foi referendada com a observação, feita pelo auxiliar técnico Roger Machado, da vitória por 4 a 3 diante do Boyacá Chicó (veja vídeo acima), sábado, na qual levou dois gols em quatro minutos e colocou em risco um resultado que parecia fácil.

- Eles vão atuar para frente. É aí que podemos tirar vantagem, afinal, a defesa tem algumas dificuldades. Estamos otimistas. Temos de jogar de forma inteligente, controlar as qualidades e explorar os defeitos. Dá para aproveitar – resume o outro auxiliar de Vanderlei Luxemburgo, Emerson da Rosa.

Pouca velocidade e posicionamento equivocado em jogadas de bola parada, situações elencadas inclusive pela imprensa local, são os pontos destacados. Mesmo que Luxa adote um discurso pouco detalhado:

- Deu para perceber quais as propostas que têm. Vamos trabalhar em cima delas. Já falei com jogadores e agora trabalharemos taticamente em cima das observações que a gente fez.

Mas e o que o adversário tem de bom? O meio-campo com volantes que sabem jogar (Bedoya e Cuero) e o meia com passe preciso (Pérez) e o atacante rápido (Medina) são elogiados. Sem falar na maior adaptação à altitude de 2,6 mil metros. Tudo isto manteve a equipe invicta visitar a Arena.

- A gente veio antes para ter o mínimo necessário. A bola fica mais rápida, o ritmo de jogo fica diferente. Eles têm o domínio disso. Têm a noção da hora do passe, do lançamento. O time terá de jogar. O meio deles é forte. Agora, temos de jogar pois marcando um gol fica mais fácil para a gente – completa Luxa.

- Eles têm qualidade, mas nenhum time é imbatível. Sabe usar a força loca da torcida. Cabe a gente manter a concentração e fazer o nosso jogo - acrescenta o meia Marco Antonio.

Com o 2 a 1 de Porto Alegre, o Grêmio passa de fase com vitória, empate e derrota por um gol desde que marque dois ou mais. Por isso, se o ataque funcionar, tudo fica melhor encaminhado.

Vanderlei Luxemburgo e Emerson da Rosa trocaram ideias sobre Santa Fé (Foto: Hector Werlang/Globoesporte.com)Luxemburgo e Emerson da Rosa trocaram ideias sobre Santa Fé (Foto: Hector Werlang/Globoesporte.com)


Maxi tem desafio de retomar sucesso adormecido de uruguaios no Grêmio

Jovem meia, Maxi Rodríguez foi contratado por quatro anos. Charruas não convencem torcida tricolor desde década de 1980.

maxi rodríguez grêmio (Foto: Tomás Hammes/Globoesporte.com)Uruguaios não têm tido vida fácil no Tricolor gaúcho
(Foto: Tomás Hammes/Globoesporte.com)

Tem pendurado no guarda-roupa uma estilosa camiseta celeste, se orgulha de um "Maracanazo" e seu maior capitão fala espanhol. Poderia ser o Uruguai, mas, no caso, é o Grêmio. A charada surge como um rasteiro exemplo de quão os gremistas se identificam com as tradições do futebol do país vizinho. Mesmo assim, tais atributos nem sempre são sinônimos de sucesso. Mais do que conquistar a confiança de Vanderlei Luxemburgo e fazer valer a expectativa do torcedor, Maxi Rodríguez, o mais novo charrua tricolor, tem a responsabilidade de acertar as contas com o passado e tentar retomar a boa fama de uruguaios no clube gaúcho.

O jovem meia de 22 anos começou bem. Lembrou, na entrevista coletiva de apresentação, que saiu do pequeno Montevideo Wanderers para atuar num clube campeão do mundo. Não por acaso, o capitão daquela conquista de 1983 foi o... uruguaio Hugo De León, um dos maiores ídolos da história do Grêmio.

As últimas experiências com jogadores desse país, sobretudo no setor ofensivo, no entanto, não são animadoras. Mas a história é antiga. O GLOBOESPORTE.COM, portanto, cava fundo, desde o início do século XX, e traz bons e maus exemplos desse intercâmbio. Tem de tudo: vira-casaca, perna-de-pau, quarteto de seleção... e até quem chegou e nunca jogou.

Uruguai, a base do Grêmio de 1917

Um dos primeiros registros de uruguaios no Grêmio não poderia ser mais animador. A história começa em 1916, quando a Celeste visitou a Baixada, antiga casa tricolor no bairro Moinhos de Vento. Os gaúchos venceram de virada, no maior tirunfo do clube até então. O 2 a 1, no entanto, rendeu outros frutos. Quatro, na verdade.

O centro-médio Julian Bertola se apaixonou pelo Grêmio e, no ano seguinte, voltou para ficar. Trouxe a tiracolo mais três companheiros: o zagueiro Eduardo Garibotti e os atacantesNicanor Rodriguez e Eduardo Behegaray. Com metade do time com sotaque espanhol, o Grêmio de 1917 foi irresistível. Disputou 18 jogos no ano, com 16 vitórias e dois empates, marcando 117 gols e sofrendo apenas 13.

grêmio uruguaios 1917 (Foto: Reprodução)Grêmio
de 1917, com quatro uruguaios e imbatível (Foto: Reprodução)

Vira-casaca e Homem Gre-Nal

Enganou-se quem pensa que o primeiro uruguaio a trocar de clube em Porto Alegre foi o zagueiro Sorondo, ao sair do Beira-Rio para o Olímpico, em 2012. Muito antes, em 1935, Fabio Castillo adotou tal postura, só que no caminho inverso. Apagado no Grêmio, o atacante foi tricampeão gaúcho no Colorado. Já o seu conterrâneo Ramón Castro... em vez de fazer história "com", o fez "sobre" o Inter. Virou personagem marcante do que é considerada até hoje a maior virada em Gre-Nais, em 1944. O Grêmio desceu aos vestiários goleado por 3 a 0 pelo Inter do irresistível Rolo Compressor do craque Tesourinha. Virou para 4 a 3 com dois gols do uruguaio. Dez anos depois, na inauguração do Olímpico, o Grêmio venceu o Nacional, do Uruguai, com um charrua vestindo tricolor, era o atacante Zunino.

Do perna-de-pau ao dono do mundo

 

oyarbide grêmio uruguaio (Foto: Reprodução)Oyarbide ficou má fama (Foto: Reprodução)

Em 1968, no entanto, essa onda de bons fluidos dos uruguaios sofreu um abrupta interrupção. De nome pomposo, mas futebol fraco. Jorge Luís Oyarbidefoi contratado desse mesmo Nacional, mas acabou conhecido no Olímpico como um dos piores jogadores da história do Grêmio. De acordo com jornais da época, chegou a virar adjetivo: "você é um Oyarbide", gritavam moleques em peladas para caçoar dos amigos. Curiosamente, a experiência fracassada desse meio-campista foi o início de uma estrondosa abertura da janela latino-americana em direção ao futebol gaúcho - um ciclo que só teria fim em 1986, com as saídas dos gringos Alejandro Sabella e Rúben Paz. Tanto para Grêmio quanto para Inter.

E, claro, o Uruguai tem muito mais do que meros Oyarbide. Três anos depois, aportava no OlímpicoAtilio Ancheta, escolhido na temporada anterior o melhor zagueiro da Copa de 1970, mais conhecido no Brasil por tentar desesperadamente evitar o gol que Pelé acabou não fazendo, na semifinal. O atual cantor de boleros virou ídolo e levantou o simbólico Gauchão de 1977, que limou oito anos de hegemonia colorada. No gol daquele time, outro uruguaio: Corbo. Embora o título, deixou o clube no ano seguinte, sob fortes críticas da torcida por falhar em outro clássico. Em 1979, o volante Cardaccio sequer jogou pelo clube. Decepção.

Pelo jeito, Uruguai e Grêmio se entendem quando o assunto é zagueiro. Em 1981, Hugo Eduardo De León e sua barba chegavam a Porto Alegre. No ano anterior, havia sido campeão da Libertadores com a camisa do Nacional-URU sobre o Inter. Bom sinal? Foi além. Repetiu o gesto, levantou a América e, desta vez, abraçou o mundo, em 1983. Capitão, liderança psicológica, tática e técnica, esse uruguaio de Rivera é ídolo até hoje. Até porque, depois dele, nenhum outro uruguaio se destacou.

Anos 2000: mais é menos

Apresentação Sorondo Grêmio (Foto: Eduardo Cecconi/GLOBOESPORTE.COM)Sorondo, último uruguaio no Grêmio, sequer jogou
(Foto: Eduardo Cecconi/GLOBOESPORTE.COM)

Em 1988, o eficiente zagueiro Obdulio Eduardo Trasante, embora fosse meio-xará do centro-médio do Maracanazzo e do de De León, não conseguiu maior relevo. Dez anos depois, a aposta começou a ser mais ofensiva. Em 1998, veio Loco Abreu, ainda um desconhecido. De cabeça raspada e golas da camisa levantadas, marcou apenas um gol.

Vieram ainda os avantes Lipatin (2005) eRichard Morales (2008). Seus gols pelo clube não enchem os dedos de uma mão. Meia como Maxi Rodríguez, houve Julio Rodríguez (2005), oriundo do Interior gaúcho e que sequer atuou 90 minutos e rumou a Coreia do Sul, e Órteman, algoz tricolor com a camisa do Olimpia. No Olímpico, no entanto, decepcionou. O último uruguaio era, na verdade, um jogador já naturalizado brasileiro. O zagueiro Sorondo lesionou-se na pré-temporada de 2012 e teve o contrato rescindido. Antes, o último defensor mais recente havia sido Pablo Hernandéz, em 2002. Deixou o clube no mesmo, taxado como uma das piores contratações da época.

Missão difícil? Maxi Rodríguez começa a responder nesta terça, quando deve treinar pela primeira vez com a camiseta (quem sabe a celeste?) do Grêmio.

Inter monitora 11 atletas e diz ter 'bala na agulha' para investir alto em meia

Luis Cesar Souto de Moura diretor de futebol Inter (Foto: Tomás Hammes / GLOBOESPORTE.COM)

Diretor de futebol segue de perto passos de Nilmar e Giuliano e faz elogios a Júlio Baptista e Jorge Henrique. Busca por meia é vista como 'obsessão'.

A direção do Inter não fala em nomes, tampouco estipula prazos. Mesmo assim, dá esperança à torcida de que bons reforços chegarão. Para tanto, uma verdadeira força-tarefa é formada. Além do esmero na busca por informações, a direção garante ter "bala na agulha", recursos financeiros, para contratações de vulto. Tudo começou na sexta-feira, quando os diretores Marcelo Medeiros e Luís Cesar Souto de Moura se reuniram com Dunga. Saíram do encontro com a intenção de pedir um aporte financeiro ao presidente Giovanni Luigi, a fim de fisgar nomes importantes do mercado.

A prioridade, claro, é o meio-campista criativo, de alternativa a D'Alessandro. Tanto que o diretor Luís César Souto de Moura define essa busca como "obsessão". Mas outras posições são observadas. Ao total, a soma é de 11  jogadores monitorados pelo departamento de futebol.

Os processos ainda estão nas etapas de busca de informações, sondagens e apresentaçãode efetivo interesse. Nenhum teria entrado na fase de negociação. Dentre esses atletas, estão nomes que já passaram pelo Beira-Rio, como Nilmar, Giuliano e Oscar. Seus retornos a Porto Alegre, no entanto, são tratados como improváveis.

- Temos 11 jogadores de várias posições em observação mais cuidadosa, em prospecção e em contato no mercado nacional, sul-americano, europeu e até asiático. Dentre esses, temos alguns que passaram pelo Inter, deixaram uma boa imagem e temos que monitorar continuamente. São eles Giuliano, Nilmar e Oscar. Mesmo sendo considerados reforços improváveis ou virtualmente impossíveis para 2013, não podemos deixar de acompanhá-los. Ninguém pode chegar no Nilmar antes do Inter, por exemplo. Temos que manter o canal aberto, demonstrar sempre o interesse - explica Souto, à Rádio Gaúcha.

Com relação especificamente ao meio-campista, o dirigente destaca a dificuldade em encontrar um jogador que tenha as características desejadas pelo Inter - as mesmas ou bem próximas daquelas desempenhadas por D'Ale. Pela falta de opções no mercado, os valores para adquirir um atleta dessa posição também seriam mais alto que os demais. Mesmo assim, garante, que o clube tem caixa para fazer o investimento que for necessário:

- A raridade do jogador o valoriza ainda mais no mercado. Temos que saber que, se quer buscar um meia de qualidade, valorizado, vamos ter que fazer um investimento. E nós temos poder de investimento. Não temos dívidas bancárias de curto prazo. A questão do meia não é uma convicção só do Dunga, é da diretoria de futebol, do presidente, dos associados, dos torcedores... A questão do meia é uma obssessão para nós.

Elogios a Júlio Baptista e Jorge Henrique

Sem abordar nenhum nome em específico e afirmar que o clube adota o comportamento de não discutir publicamente especulações, o dirigente elogiou rapidamente os nomes do meia Júlio Baptista, do Málaga, e do atacante Jorge Henrique, afastado do Corinthians. Ambos foram citados nas últimas semanas como possíveis interesses colorados.

- Júlio Baptista é um belo nome. Jorge Henrique também - resumiu-se a comentar.

O lateral-direito Ednei, de 27 anos e eleito o melhor de sua posição no Gauchão pelo Veranópolis, é o reforço mais próximo de reforçar o elenco colorado. Faltam apenas os exames médicos para o Inter apresentá-lo oficialmente. E, de acordo com Luís César Souto de Moura, a tendência será esta: mais chegadas do que partidas:

- É bom que todo mundo saiba, o Inter vai contratar e não vender jogadores. Não será por qualquer quantia que iremos nos desfazer dos nossos atletas.

Em campo, o desafio é na quarta, contra o Santa Cruz, por vaga na terceira fase da Copa do Brasil.

                                                      http://globoesporte.globo.com/futebol/times/internacional/noticia/2013/05/inter-monitora-11-atletas-e-diz-ter-bala-na-agulha-para-investir-alto-em-meia.html


 

Grêmio

(AFP)

Na mira

Reforço da seleção: lateral direito Maicon será oferecido ao Grêmio

Atualmente no Manchester City, jogador está em baixa na Inglaterra e pode retornar ao Brasil

Engenheiro afirma que cobertura do Beira-Rio é seu trabalho mais complexo

Gaúcho comandou instalação também no Maracanã e na Arena das Dunas, em Natal

Engenheiro afirma que cobertura do Beira-Rio é seu trabalho mais complexo Lauro Alves/Agencia RBS

 

Nelson Fiedler está nas alturas. Três das arenas da Copa de 2014 serão cobertas por membranas de fibra projetadas e instaladas sob seu comando: o Maracanã, palco da final do Mundial, a Arena das Dunas (em Natal) e o Estádio Beira-Rio, o mais complicado deles.

– De 0 a 10, no Maracanã a dificuldade em instalar a estrutura foi 5. Já no Beira-Rio, chega a 9,5, porque a cobertura não fica só em cima dos assentos: vem fazendo uma curva e desce, por fora, cobrindo a fachada – explica o engenheiro.

O responsável pela instalação do novo teto colorado é gremista, mas não é fanático por futebol e sequer viu um jogo do Grêmio ao vivo. Suas paixões incluem surfe, vela e engenharia: aos 19 anos, construiu sua primeira tenda na garagem de casa, na Vila Assunção. Trabalho incomparavelmente mais simples do que este, a sua frente agora. Fabricada na Alemanha, a cobertura chegará em cinco lotes a Porto Alegre. Parece flexível, mas é ultrarresistente _ Fiedler a chama de "o metal do terceiro milênio", e dobra tanto quanto um cartão de crédito. Com vida útil de 35 anos, a película passou por testes em que 16 tipos diferentes de vento foram simulados, assim como altas temperaturas.


Nelson Fielder durante instalação da cobertura do Maracanã
Foto: Divulgação

– Mesmo que bata um fogo de artifício, ou que alguém tente aplicar uma chama de um maçarico, a membrana não será furada – garante Fiedler.

Com o trabalho no Beira-Rio, o porto-alegrense de 53 anos terá ainda um bom motivo para voltar à cidade de onde saiu em 1986, para estudar na Alemanha logo após se formar na UFRGS. A expectativa é grande para deixar, na Capital, a marca de quem mistura a competência brasileira com o que define, com bom humor, de "jeitinho alemão":

– Sou gaúcho e vou estar trabalhando na minha cidade natal. Então, é muito importante que tudo fique muito lindo, benfeito e seguro.

Apresentado no Flamengo, Moreno diz que saída do Grêmio foi opção de Luxa

Atacante, que assina até o fim do ano, também rechaçou o rótulo de "salvador da pátria"

Apresentado no Flamengo, Moreno diz que saída do Grêmio foi opção de Luxa CARLOS MORAES/AGÊNCIA O DIA/ESTADÃO CONTEÚDO/
Moreno foi apresentado nesta sexta-feira no FlamengoFoto: CARLOS MORAES/AGÊNCIA O DIA/ESTADÃO CONTEÚDO
 

O atacante Marcelo Moreno foi apresentado na manhã desta sexta-feira como novo reforço do Flamengo. O evento aconteceu em Pinheiral, Sul Fluminense, onde o time rubro-negro realiza um período de treinamentos. Apesar de chegar como uma das grandes contratações para a temporada, o jogador rechaçou a ideia de chegar como salvador e fez questão de mostrar que está ciente da responsabilidade de vestir a camisa rubro-negra.

Durante a apresentação, Moreno elogiou o elenco do Flamengo, ressaltou que nunca falou mal do clube – ao responder sobre a polêmica declaração de seu pai – e garantiu que seu afastamento do elenco do Grêmio foi apenas por uma opção técnica de Vanderlei Luxemburgo.

— A responsabilidade é grande. Desde que soube do interesse do Flamengo, sabia disto. É a maior torcida do Brasil e sei o peso de vestir essa camisa. Mas nenhum jogador joga sozinho, o Flamengo está formando elenco bom. Todo o time vai trabalhar para levar o Flamengo aos seus objetivos — disse.

No começo do ano, Marcelo Moreno teve seu nome especulado por Palmeiras e Flamengo. Na época, ao ser questionado sobre essas possibilidades, Mauro Martins, pai do atacante, chamou ambos de “time de fracassados”. Moreno, porém, lembrou que ele próprio em momento algum falou mal do clube.

— Acho que temos de separar um pouco. Se quiserem saber alguma notícia, estou aqui para esclarecer. Em nenhum momento falei alguma coisa a respeito dos times que meu pai citou. Acho que meu pai é tipo mais um torcedor, não temos de confundir isso – salientou o reforço do Flamengo.

O boliviano também garante que seu afastamento do elenco gremista foi uma escolha do técnico Vanderlei Luxemburgo:

— Com a chegada de jogadores importantes, de nível internacional, tirou o espaço no Grêmio. Foi uma opção do treinador Luxemburgo, mas sempre respeitei. Infelizmente, futebol é assim. Agora estou em um grande clube graças ao bom trabalho que fiz no Grêmio, no ano passado. Agora é um novo clube que espero dar o máximo.

Marcelo Moreno chega à Gávea por empréstimo até o fim do ano e em outubro o Rubro-Negro poderá exercer o poder de compra dos direitos do atleta. As negociações para contar com o jogador duraram cerca de um mês e tiveram um desfecho feliz para os cariocas, que fez o anúncio oficial da contratação na última quinta-feira.

O Flamengo procurava um atacante desde a saída de Vagner Love, no começo do ano. A diretoria nunca negou que o setor estava carente e precisaria de peças, uma vez que contava apenas com Hernane.

                                                                                                   http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/esportes/